Saudação

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terça-feira, 20 de junho de 2017

A FÉ NÃO ENTREGA O QUE NÃO TEM CUSTO. I Cr 21



No primeiro livro das Crônicas dos Reis de Israel no capítulo 21, há o relato de um momento peculiar na vida do Rei Davi. Sem ter sido orientado por Deus e sim por sua própria vaidade, o monarca decide realizar uma contagem do povo. Mesmo com a discordância de alguns de seus súditos mais próximos o rei vai adiante em sua empreitada e assim que Joabe lhe traz os números, pelos quais tanto ansiou a ponto de sair do campo da dependência de Deus, veio a repreensão através do profeta Gade. Aqui já podermos absorver uma lição importante: As vezes mesmo tendo o controle absoluto de tudo, Deus nos permite andar segundo o caminho do nosso coração até alcançarmos o castigo. "o teu caminho e as tuas obras te trouxeram estas coisas" Jeremias 4:18, Romanos 2:5). Que nosso corações estejam em sintonia com o coração de Deus em todo tempo. Continuando nossas considerações vemos que o  Eterno dá ao rei a possibilidade de escolher entre três castigos: Três anos de fome, Três meses fugindo sendo consumido diante dos inimigos e sucumbindo por suas espadas ou três dias sob a espada do Senhor. Davi responde de forma enigmática e aparentemente não muito clara sobre as três opções recebidas, mas com sabedoria ele diz: Caia eu nas mãos do Senhor pois muitas são as suas misericórdias, mas que eu não caia nas mãos dos homens. O resultado disso é que 70 mil pessoas morreram em Israel até que o anjo do Senhor chegou sobre Jerusalém e Deus então o manda parar dizendo: Basta, retira a tua mão. O texto sagrado nos conta que Davi teve a aterradora visão, em claro, do anjo do Senhor parado sobre a eira de Ornã, com a espada desembainhada e mão estendida, aguardando apenas mais uma ordem de Deus, e por conta disso se angustia e se humilha se vestindo de pano de saco e reconhece diante de Deus que o povo não merecia sofrer por conta do seu próprio erro. Neste instante algo glorioso acontece, a bíblia nos mostra o anjo do Senhor dando uma orientação de como resolver a situação e  impedir que o castigo prevalecesse.  Consideremos alguns pontos:
1 - O anjo não falou diretamente à Davi mas ao profeta Gade. A bíblia diz que Deus não fará nada sem antes revelar o seu segredo aos seus servos os profetas (Amós 3:7): Aqui vemos a importância que o próprio Deus dá à suas instituições, Davi via o anjo, mas a palavra de orientação não chegou até ele sem antes passar pelo profeta de Deus. O que colhemos ou deixamos de colher tem diretamente tudo a ver com a maneira com que olhamos para os ministros de Deus e a consideração que lhes manifestamos dando ou não crédito à palavra de Deus em sua boca. "Que os homens nos considerem como ministros de Cristo", já dizia Paulo aos Coríntios em sua primeira carta no capitulo 4:1. Davi tinha algo a fazer, mas a orientação viria pela boca do profeta. E no seu primeiro passo de fé rumo à sua benção tudo que Davi precisava era ouvir a Palavra de Deus na voz do ungido do Senhor.

2 - Subir (ialah) - "aparecer" - Considerando que a bíblia diz em Isaias 59:2 que nossas transgressões causam divisão entre nós e o nosso Deus, e que nossos pecados encobrem o seu rosto de nós, para que não nos ouça, o profeta ao dizer a Davi para "subir" estava dizendo: apareça diante de Deus, saia de traz do seu pecado, o qual lhe encobre diante do rosto de Deus, apresente-se, afinal ainda que contrito e arrependido Davi não poderia permanecer na obscuridade. O pecado se alimenta da obscuridade, era necessário que o monarca "subisse", ou seja, aparecesse diante de Deus completamente, sem nenhuma reserva. O ofertar é uma dádiva gloriosa, mas não é coisa comum e desprovida de ordem como muita gente pensa.

3 - Levantar um altar. - Não era simplesmente chegar e ofertar, antes tinha que preparar todo o ambiente do milagre, e a ordem era levantar  um altar ao Senhor. Construir um lugar onde apresentar a oferta, organizar o sacrifício. O homem ao sair da obscuridade do seu pecado e apresentar-se diante de Deus, começa paulatinamente a construir um altar em si próprio, onde apresentará a si próprio através de seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável, sendo esse então o seu culto racional, ou com inteligência. Aliás, diga-se de passagem, só por considerarmos a palavra racional em romanos 12:1, que no original é lógikos, "que pertence à razão, lógico, que segue a razão" , temos que concluir que um culto desprovido de lógica espiritual e teológica jamais será um culto realmente inteligente, e portanto, não será aceitável diante de Deus. Temos que antes ouvir, depois subir e então levantar o altar e só depois sacrificar.

4 - Na eira de Ornã o Jebuseu.  Deus tem uma razão específica em tudo que faz, Deus tem um segredo, o qual será revelado no tempo, no local e na maneira correta. O anjo havia parado sob a ordem divina justamente sobre a eira, um campo de chão batido, que normalmente era usado para a debulha ou padeja dos cereais, ou seja, local onde os cereais eram lançados para cima com uma pá ou peneira, e por conta do vento a palha seria soprada para longe enquanto os grãos cairiam de volta no recipiente original, mas agora sem nenhuma palha. Davi estava sendo padejado, a palha da arrogância e ostentação que o fizeram contar o povo sem a ordem de Deus estava finalmente sendo soprada para longe, dando lugar ao velho adorador de coração segundo o coração de Deus. Mas o segredo principal é que futuramente neste mesmo local seria construído por Salomão o famoso templo do Deus de Israel, uma das maravilhas da antiguidade e até hoje uma das grandes maravilhas históricas de todos os tempos. Esse campo vazio e cheio de palha espalhada em que somos convocados a construir o caminho do sacrifício perfeito ao Senhor nosso Deus, local em que estamos ainda em contato com as dores das percas e fracassos, e sob a visão aterradora de iminente destruição (o anjo estava com a espada desembainhada), Ornã e seus quatro filhos ao verem o anjo se esconderam, Davi também não deveria estar se sentindo muito a vontade principalmente sabendo a razão pela qual o anjo estava ali (21:30) mas, no lugar onde Deus tem um segredo, vale a pena permanecer!  

5 - Dá-me esse lugar da eira, da-me por seu valor! Ao solicitar a compra do local, Ornã imediatamente oferece ao Rei a possibilidade de posse gratuita de sua propriedade, contudo, Davi sabendo da importância do que estava acontecendo ali naquele momento, ainda que não soubesse de todo o segredo de Deus com aquele local para o futuro, pronuncia as seguintes palavras: "não tomarei o que é teu para o Senhor, para que não ofereça holocausto sem custo".  No ato do ofertar quando não há custo não há a necessidade da fé, e sem fé é impossível agradar a Deus! (Hb11:6) A fé nos leva a dizer não a nós mesmos para dizer sim para a vontade divina, e não é justamente esse o significado de negar a si mesmo? Lembremo-nos do que Jesus disse: "quem quiser vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me". (Mateus 16:24). Para o exercício da fé, no campo da semeadura sempre haverá o custo da renúncia de si mesmo, no mais absoluto sentido da expressão, além de conceitos e paradigmas.

6 - Davi edificou e sacrificou - Logo após fechar o negócio por 600 ciclos de ouro, Davi cumpre na integra a orientação divina manifesta a ele pelo profeta; constrói o altar e depois oferece sobre ele holocaustos e sacrifícios pacíficos e invoca ao Senhor.
       
7 - E o senhor ordenou ao anjo e ele meteu a sua espada na bainha. Até então havia a iminência do reinício da mortandade, mas após o ofertar, após entregar a Deus um sacrifício de fé e fidelidade, o anjo não tem outra coisa a fazer senão guardar a espada na bainha em obediência à ordem do Todo Poderoso. O castigo cessou, não há mais "palha no trigo", o homem foi aperfeiçoado sob o plano divino que foi desenvolvido e cumprido item a item, agora sim depois do aprendizado e do ato racional do ofertar, Davi estava pronto a ser removido do tempo de castigo e dores atrozes para:
a -  um tempo de nova visão (construção do templo para adoração)
b -  para o trabalho em favor de sua visão (começou os preparativos para a construção) I Cronicas22. Visão implica em ação, afinal ter uma visão e não ter iniciativa é simplesmente não ter nada.

Ouro para obras de ouro, prata para obras de prata...I Crônicas 29



A versão King James Atualizada (KJA), traz uma versão de Provérbios 11:24 que simplesmente acho maravilhosa para o contexto no qual estamos imersos durante esta semana de estudos bíblicos, sobre a visão divina no trazer dízimos e ofertas. O texto diz o seguinte: "Quem dá com generosidade, vê suas riquezas multiplicarem; outros preferem reter o que deveriam ofertar, e caem na pobreza". Neste ponto de nosso estudo vamos justamente abordar a vida de alguém de foi impedido por Deus de efetuar algo grandioso com o qual sonhou justamente para a gloria de Deus, mas que não aceitou ficar de fora do projeto, dispondo-se a ofertar e ofertar de maneira tal que deixa-se para seu substituto, os recursos e materiais necessários para construir aquilo com o que ele mesmo poderia apenas sonhar. Estou falando de Davi que ao desejar construir um templo para abrigar a arca da aliança e receber o nome de Deus, ouviu a voz do Senhor dizendo que ele não o poderia fazer por ser homem de guerra e ter derramado muito sangue sobre a terra. O Eterno, contudo, lhe fez a promessa de que seu filho, um homem de repouso, segundo o que está registrado no texto bíblico efetuaria a construção do templo do Senhor. Davi por ser o homem segundo o coração de Deus é claro que optou pela obediência, certamente vivendo sob uma dura expectativa de jamais ver o templo construído, o que de fato aconteceu, mas por outro lado, o rei decide por as mãos à obra para ajuntar materiais e organizar o povo para que seu filho Salomão tivesse tudo o que fosse necessário para efetuar as edificações, e o monarca Davi inclusive forneceria a Salomão até o desenho (planta) do futuro templo sagrado. Mas o que realmente me chama atenção neste ponto é uma parte do texto bíblico registrado em I Crônicas 29, mais especificamente no versículo de número dois que diz o seguinte: "Eu, pois, com todas as minhas forças já tenho preparado para a casa de meu Deus, ouro para as obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para as de cobre, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira..." O sentido do texto é absolutamente claro, afinal não se pode construir com madeira aquilo que é para ser feito com ouro, e o que é para ser feito com prata não pode ser feito de pedras; lembro-me de Deus dizendo a Moisés quando da construção do tabernáculo e de todos os seus utensílios: "Cuida para que tudo seja feito conforme o modelo que se te mostrou no monte Exôdo 25:40. " Davi tinha um projeto e é claro que a inspiração inicial estava no próprio tabernáculo, afinal o templo seria construído conforme as orientações de Deus com respeito ao mesmo. O átrio, o lugar santo e depois o santíssimo, os utensílios e seu posicionamento e assim por diante. No modelo de Deus havia coisas que deveriam ser de ouro, outras de prata como as bases das colunas por exemplo, e outras de madeira e assim por diante. Para cada obra um material, então para cada material uma oferta, Ouro para ouro, prata para a prata etc etc. Mas vamos aqui aplicar de forma mais profunda a interpretação deste contexto, procurando alegorizar o menos possível em nossa exegese. Para isso temos que dar um mergulho na revelação da Palavra bíblica contida no texto de I Corintios 3:12 a 15 onde o escritor bíblico nos fala de um fundamento Jesus Cristo e dos materiais com que se constrói sobre este fundamento, sendo Ouro, Prata, Pedra Preciosas, Madeira, Feno e Palha. Depois o escritor acrescenta a informação de que aquilo que construímos sobre Cristo (obras) será manifesto sendo declarada pelo dia, e sendo provada pelo fogo. A obra que suportar ao fogo recebe galardão e a que não suportar, fica sem presente! Observe que na lista de materiais três suportam ao fogo e três não resistem às chamas. O que a bíblia esta nos mostrando é que tudo o que fazemos na obra de Deus, seja até oferecer um copo dágua a um servo do Senhor não fica sem galardão, contudo, todas nossas obras, tudo que construímos, tudo que ofertamos, será provado para que recebamos ou não galardões eternos, e observe que aqui não estou nem abordando a questão da semeadura, pois o que plantamos aqui mesmo colhemos, mas para os galardões eternos tudo, absolutamente tudo o que fizermos sobre o fundamento que é Jesus será provado. Obras de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha dizem respeito a duas coisas: motivação (qualidade do material), racionalidade (inteligência) em colocar cada coisa no seu devido lugar no tempo e na maneira certa segundo o coração de Deus. Observe que no caso da viúva pobre ela trouxe pouco, mas sua motivação foi verdadeira a ponto de fazer com que Jesus a louvasse por seu ato de fé, ao contrário dos ricos que ofertavam, mas o faziam do que lhes sobejava, o que os motivava era apenas serem vistos e reconhecidos, mas não havia neles o desejo real de que Deus fosse glorificado, e isso é feno que é consumido apenas pelo calor das chamas sem mesmo ser tocado por elas. Aquilo que nos motiva (a fé ou interesses naturais) é que definirá se o material com que estamos construindo será resistente ao fogo ou não. Um exemplo disso é quando levantamos uma oferta alçada para a construção de um templo ou o socorro de um irmão em extrema necessidade, e alguém apresenta algo apenas para não ser recriminado para não ofertar. A oferta dessa pessoa está ali, mas o material com que construiu essa oferta passara pela prova do fogo?  O ouro é mais caro que a madeira, se vamos contribuir para algo grandioso devemos ser motivados pela fé e pelo amor a agir de forma grandiosa; e que estejamos atentos ao seguinte detalhe: nem sempre grandes quantidades querem dizer atitudes grandiosas, reais atos de fé. Costuma-se dizer que a oferta que agrada a Deus é aquela que dói em nós, mas a bíblia diz: Deus ama ao que dá com alegria, não com dor mas com alegria...e é justamente aqui que está o mistério revelado: quando somos motivados pela fé (ouro, prata e pedras preciosas), não existe dor, mas sim alegria. Que o ato de trazermos ofertas e dízimos diante do Senhor Jesus seja para nós, a sua Igreja, oportunidades nas quais construamos sempre da maneira certa e com o material correto. Infelizmente a grande maioria de nosso povo não apresenta suas ofertas com consciência de culto, para estes,  ofertar é apenas algo mecânico, automático. Há tempo em que se deve construir com madeira, mas há momento em que só o ouro servirá. Há tempo para todas as coisas debaixo do céu.

domingo, 14 de maio de 2017

MATEUS 16:13 a 23 - a confissão de Pedro



Interrogou (erotao - questionar, requerer, pedir). Há um tempo em que nossas  conviccções serão questionadas com objetivo de se verificar até que ponto nosso ministério esta alcançando êxito em formar Cristo nas pessoas. E isso acontecerá em duas áreas: nosso conhecimento acerca do pensamento do povo. Jesus iniciou sua interrogativa perguntando aos discípulos o  que eles sabiam sobre quem o povo pensava que ele fosse. Observe que o Mestre não pergunta sobre aspectos gerais sobre sua pessoa mas diretamente sobre a concepção acerca de sua identidade. Quem era Jesus aos olhos do povo? Mas qual a importância dos discípulos saberem o que o povo pensava? A importância estava e permanece no fato de que se conhecermos a identidade de Jesus, teremos afinidade com seu propósito e assim Ele mesmo estará sendo "formado" em nós (Gálatas 4:19), e isso define como agimos em relação à sua pessoa, aceitando ou não sua mensagem, aceitando ou não sua influência.  As três respostas do povo indicavam um misticismo saudosista pois olhavam sempre para a possibilidade do retorno ou ressurreição de um morto! João Batista, Elias, um dos profetas. Há pessoas na Igreja que tem a incrível tendência de olhar sempre para o que já passou desejando e crendo em sua reinstauração. Isso os fazia olhar para traz e não para frente em termos espirituais e revelacionistas, afastando-os do real propósito de Deus. . Tudo tem o seu tempo determinado, e sendo assim, ainda que algo tenha sido muito bom, se ja passou é hora de aproveitar as lições aprendidas e olhar para a frente, ir adiante, para que haja inserção em patamares mais profundos das revelações do Altíssimo. Para os discípulos era importante saber isso, porque tal informação lhes daria o caminho de ação para ajudar o povo a ter a identidade de Cristo formada neles. Mas logo em seguida vem o aprofundamento do questionamento: "E vós?" Ora se havia em Jesus a preocupação em saber até que ponto Ele já estava formado na mente e no coração do povo, imagine então sua preocupação em saber o mesmo com relação aos seus discípulos! Mas podemos mergulhar ainda mais neste questionamento, pois, como será possível construirmos a identidade de Cristo nas pessoas se não a temos formado em nós mesmos? Se a maneira que "cremos" está tão aquém do propósito original e fundamental do Eterno?
o que sua alma diz a respeito DELE?

Pedro ao responder ao questionamento do Mestre Jesus, chama para si a atenção de forma absoluta, porque expressa algo que leva Jesus a trazer à lume mais uma etapa do conhecimento espiritual: Ele era feliz (ainda que talvez não compreendesse e nem soubesse) porque o conhecimento que tinha era fruto não de si mesmo mas da ação do próprio Criador. Aquilo que ele tinha era algo depositado nele pela vontade e soberania divinas. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para demonstrar que este poder que a tudo excede provém de Deus e não de nós mesmos - II Corintios 4:7. E neste ínterim é importante lembrar que para que o poder de Deus agisse em Pedro, para ele fosse "makarios", ou seja, um home feliz, era preciso antes do sim haver um não. Fazemos parte de uma sociedade imediatista e fundamenta na realização constante e hedonista de nossas vontades e anseios. Não são muitos os que lidam bem com as negativas da vida e principalmente com as negativas divinas, contudo, veja o que Jesus disse a Pedro  antes de atribuir a revelação a Deus. Pedro você é feliz porque não foi a carne nem o sangue que te revelou. Não foi sua força, sua inteligência, ou qualquer um de seus atributos físicos, mentais ou até mesmo espirituais, não foi seu braço! Foi Deus!!! A revelação (apokalupto = revelar o que estava escondido ou oculto) expressa na resposta de Pedro vinha diretamente de DEUS (não é resultado de nossa própria vontade ou intelectualidade). Jesus disse que Pedro era feliz porque sua resposta indicava justamente o que Ele objetivava: A identidade de Cristo estava formada em Pedro, e isso também era um claro indicador de que o discípulo colérico sanguíneo havia ultrapassado o nível da dependência de si mesmo e já conseguia ouvir a voz de Deus, que sempre fala de forma muito delicada, somente os sensíveis ao Espírito Santo são capazes de ouvi-la. Pedro estava crescendo na graça e no conhecimento!

Ainda que tenhamos a revelação de Deus a obra é construída sobre Ele e não sobre nós! Em seguida à palavra elogiosa direcionada ao seus discípulo, Jesus imediatamente adiciona a famosa frase "pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja...". Pedro tinha a revelação, Pedro estava acima da média, Pedro já era capaz de ouvir a voz de Deus como nenhum dos demais, contudo, ele ainda era a pedra pequena (petrus), a Igreja de Cristo não seria fundamentada sobre ele, mas sobre a Pedra angular, a pedra de esquina, a grande rocha (Petra) que era o próprio Jesus. A igreja e principalmente o obreiro não pode aceitar em nenhum momento o pensamento de que alguma coisa no reino de Deus esteja sendo construída sobre si. Nós somos parte da construção, somos pedras vivas sendo edificados casa espiritual (I Pe 2:5), entretanto, o fundamento é e permanecerá sendo o nosso senhor Jesus.  

u  A Igreja deve marchar contra o inferno e não o inverso disso - vs  18 - Quando há harmonia do propósito de Deus com nosso posicionamento, há um movimento constante e adiante da Igreja contra o inferno e não o inverso! É o inferno que tenta de todas as maneiras se trancar contra o avanço da Igreja, mas onde há homens e mulheres com Cristo formado em si, não há barreira que possa permanecer contra a marcha da Igreja.

u  Chaves (plural) - para LIGAR e DESLIGAR vs 19 - No processo de edificação da Igreja, ferramentas serão concedidas aos servos de Deus para exercício do ministério cristão. "Te darei as chaves", não a chave mas as chaves! e o interessante aqui é que quando falamos em chave pensamos em abrir ou fechar portas, contudo, abrir ou fechar portas é atribuição especificamente do Altíssimo, para a igreja, as chaves são como controle remoto que ligam ou desligam. Observemos o texto bíblico:  "tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" vs 19. Importante também que as chaves começam sempre ligando e nunca desligando, e atuam não no céu mas nos céus, ou seja, o resultado de ações de fé de um crente em cujo espírito e alma Cristo esteja formado, afetam desde o ceú que está imediatamente acima de nossas cabeças, até o céu onde está o trono de Deus.

u  Tempo de reter a revelação pessoal para que o modo da revelação universal continuasse em curso. O povo deveria concluir acerca do Cristo pelas obras que testificava em Jesus. vs 20

u  A revelação individual nos remete a patamares mais profundos do plano de Deus. Isso nos traz responsabilidades que as vezes não compreendemos  vs 21. Desde então, começou Jesus a mostrar. Havia chegado o momento e as condições de maturidade espiritual dos discípulos terem contato com níveis mais profundos do plano de Deus no qual eles estavam diretamente implicados, Jesus falou-lhes sobre sua prisão e sua morte.